sábado, 16 de outubro de 2010

Como desenvolver um Portifólio

Montando portfólios reflexivos

* Por que eu quero montar um portfólio?

1. Uso pessoal;
2. Uso profissional;
3. Para pesquisar minha prática.

Dicas para montar um bom PORTFÓLIO:

* Seja organizado;
* Crie sua marca = identidade artística (autonomia);
* Seja criativo;
* Registre e reflita sobre suas ações(olhando no seu portfólio pergunte-se sobre sua prática e métodos)

Montagem

1ª página: identidade artística;
2ª página: trajetória pessoal;
3ª página; dados da escola;
4ª página em diante: identifique as classes, séries nas quais você leciona, especifique se o portfólio será de uma ou mais turmas.

Incluindo itens no Portifólio

* Registros escritos do professor e alunos;
* Fotografias das atividades e projetos (momentos mais significativos);
* Desenhos;
* Depoimentos dos colegas;
* Depoimentos dos gestores.

Registro

" O registro da reflexão sobre a prática constitui-se como instrumento indispensável à construção desse sujeito criador, desejante e autor do seu próprio sonho”. (MADALENA FREIRE)

"... registro é história, memória individual e coletiva eternizadas na palavra grafada." (ibidem)

FONTE:http://alfabetizacaoecia.blogspot.com/2010/01/dicas-para-montar-um-portifolio.html

PORTIFÓLIO

O QUE É PORTFÓLIO?


É uma técnica inovadora, de avaliar o progresso das crianças através de um conjunto de procedimentos contínuo, são instrumentos de estimulação do pensamento reflexivo. Essa técnica, pode-se dizer que é uma avaliação contínua mais autêntica, objetiva e compreensiva, permitindo acompanhar todos os processos de aprendizagem. Resumindo PORTFÓLIO não é um deposito de trabalhos “organizados” é sim um suporte para podermos observar e respeitar o ritmo e auxiliando e dialogando com as crianças sendo um ser singular. Assumimos então uma estratégia conjunta de reflexão ,ação e avaliação
1-Reflexão (ões) crítica(s) individualizada acerca do grau de participação nos projetos de ação-intervenção com objetivos previamente formulados.
2-Participação dos pais :
3-Reflexão crítica do processo de desenvolvimento do projeto e suas limitações;
4-Produtos em suportes áudio, vídeo.
5-Reflexões final: auto avaliação da participação no processo de avaliação.

CRITÉRIOS DO PORTFÓLIO:

1-Registra idéias, experiências e opiniões acerca do processo de formação. Registrar e refletir, de forma sistemática, as suas idéias, motivações, opiniões, propósitos, registra todas as considerações de ordem crítica que considera pertinente.

FICHA AVALIATIVA: CRITÉRIOS USADOS PARA AVALIAÇÃO:
NÍVEL I:Satisfaz: Revela intenções claras ,mostra curiosidade e persistência.
Nível ll: Não satisfaz: com algumas dificuldades em concretizar suas idéias.
2-Desenvolve idéias através de experimentação, exploração e avaliação.

FICHA AVALIATIVA: CRITÉRIOS USADOS PARA AVALIAÇÃO:
Mostra que é capaz de explorar idéias de várias formas através de experimentação de possibilidades. Conseguindo encontrar várias possibilidades novas.
NÍVEL I :Satisfaz: Seleciona, analisa e interpreta criticamente.
Nível ll: Não satisfaz: Mostra algum interesse na descoberta ,mas limita na organização da informação.
3-Revela capacidades de análise crítica dos produtos elaborados. Consegue avaliar os mesmos e (re) adequá-los à prática educativa.
4-Analisa criteriosamente os materiais produzidos. Coerência entre o todo e as partes, em termos do processo global; Coerência entre o discurso de reflexão crítica (anteriori-posteriori); Avaliação global do seu trabalho em si.

FICHA AVALIATIVA: CRITÉRIOS USADOS PARA AVALIAÇÃO:
NÍVEL I :Satisfaz: utiliza problemas pré estabelecidos fazendo sempre uma auto reflexão
Nível ll: Não satisfaz: explicita vagamente os problemas pré estabelecidos,limita-se apenas em repetir.
5-Avalia o portfólio como um todo. Esta parte será feita após a conclusão do portfólio, tentando responder a questões como: - Forma de desenvolvimento do projeto;

FICHA AVALIATIVA: CRITÉRIOS USADOS PARA AVALIAÇÃO:
NÍVEL I :Satisfaz: o resultado foi selecionado criteriosamente demonstrando assim compreensão.
Nível ll: Não satisfaz: os resultados finais revelam baixa capacidade técnica do domínio da linguagem escrita. 6-Avalia o resultado como um todo:

FICHA AVALIATIVA: CRITÉRIOS USADOS PARA AVALIAÇÃO:
NÍVEL I :Satisfaz: Analisa o progresso ocorrido referindo as intenções e fontes.
Nível ll: Não satisfaz: Utiliza critérios de avaliação ,não fundamenta a qualidade do seu trabalho nem a forma como desenvolveu. A MESMA FICHA SERÁ TRABALHADA NO MÍNIMO TRÊS VEZES POR ANO.

Portfólio Integra a proposta pedagógica



Após a constatação de que havia a necessidade de novos métodos que contribuíssem para a melhor organização do cotidiano escolar, o grupo pedagógico da escola apresentou ao corpo docente, no ano de 2002, o Manual de Portfólio. Esta apresentação motivou a leitura do material pelos professores e, em fevereiro de 2003, iniciaram-se os estudos teóricos acerca do uso do Portfólio. A partir da análise das possibilidades oferecidas pelo portfólio, optou-se pelo uso de fichas, registro de memórias de aula, amostra de trabalhos, observações sobre o comportamento dos alunos, agenda escolar permanente. Tais estratégias contribuem sobre- maneira na orientação e aproveitamento do tempo nas atividades escolares.

Vale aqui ressaltar que o portfólio não é utilizado apenas no acompanhamento do dia-a-dia de sala de aula, mas também na documentação das reuniões pedagógicas realizadas pela escola. Outrossim, justifica-se a escolha do Portfólio porque representa uma alternativa eficaz no acompanhamento dos alunos, o que favorece o processo de avaliação feito pelo professor, bem como o envolvimento da família através de estratégias como o portfólio particular do professor, onde se registra o dia-a-dia, do aluno ou da agenda, permanente onde são comunicados dados relevantes sobre o aluno e as atividades realizadas na ou pela escola, envolvendo a comunidade escolar. Além disso, os pais têm a oportunidade de acompanhar a cronologia da realização dos trabalhos pela organização de pastas onde consta a seleção de trabalhos em seqüência, demonstrando a caminhada do aluno no processo de aprendizagem. Desta forma, pode-se avaliar o portfólio como sendo um instrumento importante e eficaz na organização do professor, pois, de maneira geral, constitui-se em um histórico, um documento onde constam dados fundamentais à prática docente.

Apresentamos a seguir uma síntese do Manual de Portfólio: coletânea de trabalhos realizados e selecionados pelos estudantes durante um curso ou período. No portfólio podem ser agrupados dados de visitas técnicas, resumos de textos, composições, trabalhos artísticos, projetos, relatórios, anotações diversas, provas, testes, auto-avaliações dos alunos, entre outros. A finalidade deste instrumento é auxiliar o educando a desenvolver a capacidade de avaliar seu próprio trabalho, refletindo sobre ele, melhorando. Ao professor, oferece a oportunidade de traçar referenciais da classe como um todo, a partir das análises individuais, com foco na evolução dos educandos ao longo do processo de ensino e de aprendizagem. A idéia é utilizá-lo seguindo seu propósito original, que é o de encorajar a reflexão e o estabelecimento de objetivos a cada aprendiz e comprometendo os pais com a avaliação por meio de comunicação variada e freqüente. O processo de montagem de um portfólio em dez passos é projetado para permitir que professores e administradores escolares implementem o uso desse recurso gradualmente. Pode-se começar com um único e pequeno passo e complementar o processo dentro de dois ou três anos letivos. O portfólio permite que cada um prossiga em seu próprio ritmo; mostra como um professor pode se tornar mais bem capacitado e mais eficiente e concentrar-se em descobrir como as crianças são diferentes ao invés de provar que são iguais. O processo de montagem de portfólio em dez passos encoraja: a instrução individualizada para crianças pequenas no contexto de objetivos de aprendizagem amplos; o desenvolvimento profissional contínuo para professores e afins e, o envolvimento completo da família no programa de educação infantil.

Passos:

1 - Estabelecer uma política para o portfólio;
2 - coletar amostras de trabalhos;
3 - tirar fotografias;
4 - conduzir consultas nos diários de aprendizagem;
5 - conduzir entrevista;
6 - realizar registros sistemáticos;
7 - realizar registros de casos (ocorrências);
8 - preparar relatórios narrativos;
9 - conduzir reuniões de análises de portfólios em três vias;
10 - usar portfólios em situações de transição.

Livrando-se da dificuldade em preparar relatórios escritos

O processo de montagem de portfólio em dez passos, além dessas possibilidades, ajuda profissionais de educação a se livrarem do obstáculo que derruba muitos de nós: as anotações escritas. Uma das razões para esse impasse é que muitos professores e administradores escolares consideram o ensino por um lado e a avaliação por outro, como sendo atividades educacionais separadas. Os relatórios escritos consomem muito tempo, e os professores não querem ocupar “tempo demais” com a avaliação. Ainda assim, não podemos realmente separar esses processos! Avaliação, estimativa e ensino são partes de um ciclo contínuo de ensino e aprendizagem.

Envolva as famílias

O portfólio pode abrir o processo de ensino para pais, irmãos e outros membros da família, encorajando-os a fazer parte da vida da sala de aula ou da escola. Dessa forma, o portfólio torna-se uma ferramenta para um desenvolvimento curricular centrado na família. Educadores e pais que já estão rotineiramente se comunicando com as famílias percebem essa troca como sendo uma oportunidade para desenvolver um círculo de aprendizado que se estende da escola até o lar e vice-versa.

A participação familiar baseada em um portfólio pode ocorrer em três estágios:

Estágio 1 – Os familiares ajudam com recursos para centro de ensino ou para classe, fornecendo materiais, informações e apoio voluntário para investigação de tópicos selecionados pelo professor (a criança escreve no seu diário sobre sua ajuda na montagem de uma cadeira para seu avô –a professora convida-o para demonstrar a arte da carpintaria na sala de aula).

Estágio 2 – Os familiares participam no planejamento de estudos sobre história local, ecologia local, artistas locais, governo local ou outros tópicos (convidam familiares ou pessoas da comunidade para falar de determinados assuntos que tenham conhecimento mais aprofundado).

Estágio 3 – Os pais tornam-se “intermediários entre o currículo e os estudantes”(uma aluna traz fotos do cachorro para mostrar aos colegas e falar sobre ele e conta o que sabe a respeito desse animal).

Reflexão



O processo de montagem de portfólio em dez passos não pode ser um substituto para uma avaliação padronizada em ampla escala. Ele não pode garantir esse tipo de avaliação sem uma quantidade imensa de trabalho por parte dos professores e dos administradores escolares.Graves (1992) sugere que os portfólios sejam “uma idéia simplesmente boa demais” para serem limitados a coleções padronizadas de itens com o propósito de comparar crianças umas com as outras ou com padrões de desempenho. Infelizmente, existe pressão para obtenção de dados mensuráveis. A avaliação com portfólio pode enfatizar a preocupação com o progresso das crianças em caminhos limitados ou na ção entre elas. Ao mesmo tempo, deveríamos trabalhar mais para educar os pais a respeito dos benefícios e das limitações de diferentes estratégias de avaliação, de modo a fazer com que eles entendessem que um teste padronizado não irá revelar nada de novo sobre seus filhos, e um portfólio não irá dizer como seu filho se compara em relação a outras crianças da sala de aula, do estado país ou do país em que vive.

Vamos preservar os portfólios como sendo a base e o contexto para o aprendizado, como sendo o registro das experiências e das realizações únicas de cada criança!

O conhecimento das crianças individualmente

Os encontros individualizados entre crianças pequenas e seus familiares são oportunidades de aprender mais sobre o modo como as crianças aprendem, assim como sobre suas habilidades, seus interesses e suas necessidades particulares. Desta maneira, você acrescenta novas informações ao seu conhecimento sobre a criança, e assim, tomará decisões precisas de como direcionar o seu trabalho. A montagem do portólio irá fortalecer seu relacionamento com cada criança e com sua família. Observar, conhecer e entender as crianças como indivíduos é a base do ensino e da avaliação afetiva, até mesmo do envolvimento familiar. No ensino fundamental, os benefícios são maiores, quando os professores engajam as crianças e suas famílias em verdadeiras comunidades de ensino.

O conhecimento sobre desenvolvimento infantil

Ao implantar o uso do portfólio, os profissionais continuamente observam e avaliam eventos nos programas de educação infantil: Tal atividade foi efetivada com todas as crianças? Por que certas crianças não responderam à atividade? Por que determinadas crianças estão preocupadas com uma atividade específica? Como eu deveria reagir? Quanto mais o profissional observa o desenvolvimento de crianças pequenas, mais ele precisa entendê-lo.

O conhecimento sobre diversidade

Um envolvimento familiar efetivo automaticamente garante diversidade cultural no programa de educação infantil, pois as famílias são todas diferentes – na estrutura familiar, nos seus passa-tempos, nas suas ocupações e em suas habilidades físicas. A coleta de amostras de trabalho, fotografias dedemonstração, ou os trabalhos gravados em vídeo, garantem que se observem as diferentes inteligências (lingüísticas, lógico-matemática, espacial, corporal-cinestésica, interpessoal e naturalista). Desenvolvimento profissional: como os portfólios ajudam os professores a aprender?

O professor necessita do conhecimento do desenvolvimento infantil, de uma ampla variedade de técnicas de entrevista e de observação, da habilidade de adaptar ambientes de aprendizagem para suprir as necessidades individuais de certas crianças. Os métodos de desenvolvimento curricular estão centrados na criança e nas técnicas para envolver as famílias na vida de seus filhos, no centro de ensino ou na escola, trazendo sua vivência para a sala de aula.

RECUPERAÇÃO



“Diz-me como avalias e eu te direi que professor és” (Zabala-1999) Estudo de recuperação: que bicho é esse? Estamos chegando ao final do ano, período em que começamos a definir os rumos dos nossos alunos pelo processo de avaliação. Mas sabe de uma coisa? Quase nenhuma escola utiliza um instrumento importante chamado Estudo de Recuperação. E ele está na LDB, sabiam?! Artigo 24, inciso V, alínea e: “obrigatoriedade de estudos de recuperação, de preferência paralelos ao período letivo, para os casos de baixo rendimento escolar, a serem disciplinados pelas instituições de ensino em seus regimentos”. Você pode estar se perguntando: não são as Provas de Recuperação? Definitivamente, não! As provas são uma outra história. Devemos prestar atenção a alguns pontos: o Estudo de Recuperação não visa melhoria de nota, pois não se caracteriza como recuperação da mesma, esta deve ser feita pelas Provas de Recuperação. Ele procura desenvolver o aluno para que não fique em desnível ou atraso diante da turma. Outro ponto importante é que a lei obriga que sejam feitos estudos, e não aulas de recuperação, apenas com os alunos com baixo rendimento, excluindo aqueles que tiveram pouca freqüência e um bom rendimento. A escola deve organizar os momentos de Estudo de Recuperação em horários que não interfiram nas 800h de aula anuais, ou seja, eles devem ser realizados no turno em que o aluno não esteja em sala. Devem ser paralelos ao período letivo, isso quer dizer que podem ser feitos durante o ano, portanto, não é necessário acontecer todos os dias. Vale salientar que as provas ainda são um tabu para os alunos da maioria das escolas brasileiras. O Estudo de Recuperação carrega a concepção de que o aluno estará desenvolvendo um trabalho de aprendizagem e não estará diante de uma situação formal de avaliação. Portanto, é bem provável que ele se saia melhor no Estudo de Recuperação do que na Prova de Recuperação.

FONTE: http://www.marylins.eev.com.br/?area=ad2